Tchê,
Vejo as coisas de um aporte diferente.
Usar software com "suporte" não significa não ter equipe especializada e sim, uma equipe que é focada em seu negócio enquanto outra cuida dos problemas quando estes acontecem.
Hoje é caro manter bons profissionais, e torna-se mais "fácil" manter uma terceirização. Vejo isso todos os dias em diversos locais e clientes (sendo linux ou não).
Usar CentOS com certeza é uma boa opção, pelo simples fato de até os "bugs/falhas de segurança" serem as mesmas :D
Saludos.
Bom, com certeza este é um post que criará certa discussão, pois o
escolha da distribuição é muito influenciada por uma opinião pessoal
de cada um. Algumas pessoas têm mais facilidade em utilizar a
distribuição X, outras a distribuição Y. Pessoalmente eu utilizo o
Debian e profissionalmente o Red Hat, ou melhor, agora o CentOS.
No meio disso tudo, entra o ambiente corporativo, e isso cria um
problema: grandes empresas “necessitam” (se sentem mais seguras) de um
contrato de suporte com seus fornecedores.
Um exemplo claro disso é uma empresa que tem um banco de dados Oracle
rodando em Linux. A Oracle só dará suporte se o sistema operacional
for homologado, sendo assim, a distribuição Linux utilizada será ou
Suse ou Red Hat. Se for diferente disso e a empresa necessitar de
suporte, provavelmente a Oracle irá negar.
Eu sou que da opinião de que se o software for uma caixinha preta,
você precisa sim de um suporte do fornecedor. Como o caso do Linux não
é esse, não vejo vantagem de ter um contrato de suporte (a não ser que
a empresa não tenha profissionais suficientemente qualificados para
dar suporte ao ambiente).
Só que a Red Hat, por exemplo, foi muito esperta. Você pode instalar
quantas vezes quiser, só que outra grande necessidade das empresas, as
atualizações, serão “bloqueadas” (ponho entre aspas, pois sei que são
possíveis diversos workarounds, como por exemplo, utilizar os pacotes
SRC).
Tendo em vista isso, será que vale a pena pagar US$349 por
servidor/ano (dados da Red Hat Store em 09/10/2009 da licença mais
“barata”)?
Preso neste dilema, comecei a procurar no Google discussões sobre este
tema e acabei me deparando com o CentOS que é uma distribuição Linux
baseada no Red Hat Enterprise e quando digo “baseada”, é ao pé da
letra, pois o projeto pega os pacotes SRC (que por obrigação ao
cumprimento à GPL, a Red Hat tem que disponibilizar), os recompila
utilizando as mesmas ferramentas de compilação, configuração de
compiladores e tudo mais. Conclusão, o CentOS é o Red Hat Enterprise
sem o logo Red Hat, gratuito, e com atualizações online (estas
inclusive, baseadas nas atualizações liberadas pela Red Hat).
Por que então, a Oracle não homologa seus produtos para o CentOS? Será
algum acordo comercial?
A Red Hat pode fazer algo a respeito, como por exemplo entrar na
justiça para que o CentOS seja “banido”? Creio que não. O CentOS está
dentro da lei quando faz isso.
Por que as empresas que utilizam Linux não conseguem se desprender
dessa necessidade básica de se prender à um suporte do fornecedor?
Gostaria de abrir esta discussão para construir quem sabe uma base
sólida de argumentos para a utilização do CentOS no mundo corporativo
e difundir cada vez mais esta opção de liberdade que temos a nossa
disposição.
Abraços!
Lincoln Zuljewic Silva
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