Inclusive, eu já em contato prévio com a Red Hat, justamente por utilizar um software que 'necessitava' ser instalado em um SO homologado, e tendo certa recusa do dono da empresa em pagar uma licensa absurda por um suporte que não iriamos usar (o da Red Hat), fui instruido pela própria empresa a fazer uso do CentOS. Só tomei o cuidado de ao entrar em contato com o fabricante do software que pedia uma distribuição homologada mentir dizendo que usava Red Hat. Vai entender uma coisa dessas....
Atenciosamente ---- Alexsandro Felix http://blog.ffelix.eti.br
2009/10/9 Lincoln Zuljewic Silva lincolnzsilva@gmail.com
Bom, com certeza este é um post que criará certa discussão, pois o escolha da distribuição é muito influenciada por uma opinião pessoal de cada um. Algumas pessoas têm mais facilidade em utilizar a distribuição X, outras a distribuição Y. Pessoalmente eu utilizo o Debian e profissionalmente o Red Hat, ou melhor, agora o CentOS.
No meio disso tudo, entra o ambiente corporativo, e isso cria um problema: grandes empresas “necessitam” (se sentem mais seguras) de um contrato de suporte com seus fornecedores.
Um exemplo claro disso é uma empresa que tem um banco de dados Oracle rodando em Linux. A Oracle só dará suporte se o sistema operacional for homologado, sendo assim, a distribuição Linux utilizada será ou Suse ou Red Hat. Se for diferente disso e a empresa necessitar de suporte, provavelmente a Oracle irá negar.
Eu sou que da opinião de que se o software for uma caixinha preta, você precisa sim de um suporte do fornecedor. Como o caso do Linux não é esse, não vejo vantagem de ter um contrato de suporte (a não ser que a empresa não tenha profissionais suficientemente qualificados para dar suporte ao ambiente).
Só que a Red Hat, por exemplo, foi muito esperta. Você pode instalar quantas vezes quiser, só que outra grande necessidade das empresas, as atualizações, serão “bloqueadas” (ponho entre aspas, pois sei que são possíveis diversos workarounds, como por exemplo, utilizar os pacotes SRC).
Tendo em vista isso, será que vale a pena pagar US$349 por servidor/ano (dados da Red Hat Store em 09/10/2009 da licença mais “barata”)?
Preso neste dilema, comecei a procurar no Google discussões sobre este tema e acabei me deparando com o CentOS que é uma distribuição Linux baseada no Red Hat Enterprise e quando digo “baseada”, é ao pé da letra, pois o projeto pega os pacotes SRC (que por obrigação ao cumprimento à GPL, a Red Hat tem que disponibilizar), os recompila utilizando as mesmas ferramentas de compilação, configuração de compiladores e tudo mais. Conclusão, o CentOS é o Red Hat Enterprise sem o logo Red Hat, gratuito, e com atualizações online (estas inclusive, baseadas nas atualizações liberadas pela Red Hat).
Por que então, a Oracle não homologa seus produtos para o CentOS? Será algum acordo comercial?
A Red Hat pode fazer algo a respeito, como por exemplo entrar na justiça para que o CentOS seja “banido”? Creio que não. O CentOS está dentro da lei quando faz isso.
Por que as empresas que utilizam Linux não conseguem se desprender dessa necessidade básica de se prender à um suporte do fornecedor?
Gostaria de abrir esta discussão para construir quem sabe uma base sólida de argumentos para a utilização do CentOS no mundo corporativo e difundir cada vez mais esta opção de liberdade que temos a nossa disposição.
Abraços!
Lincoln Zuljewic Silva More contact info.: http://www.system.adm.br/contact.php
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