Apesar da empresa que trabalho atualmente é de pequeno porte (e possui só três servidores montados), o eu uso CentOS. Acredito que quando o parque da empresa é grande, o suporte oficial ao produto é realmente importante. Linux não é um bicho de sete cabeças, é verdade, mas há coisas que eu não consegui fazer no CentOS mas certamente conseguiria se tivesse Red Hat aqui na empresa. Um contrato de manutenção vindo do fabricante, no meu ponto de vista, é sempre legal. Sai caro, mas é legal.
2009/10/9 Lincoln Zuljewic Silva lincolnzsilva@gmail.com
É brasileira sim.
A grande questão é que sinto uma "obrigação" da empresa em assinar o suporte da Red Hat se quiser updates.
Estou para marcar uma reunião com a Red Hat para entender melhor os termos deste suporte e com certeza o valor que eles irão passar vai ser menor do que os que estão no site.
Outra, a decisão não é minha e eu não tenho absolutamente nada a ver com isso, é que acho que este valor poderia ser gasto em outro lugar....
2009/10/9 Lucas Timm LH linuxhelper@gmail.com:
Lincoln, na verdade, o CentOS não é o Red Hat em si. A base sim, é Red
Hat,
mas tem MUITOS componentes (libs, softwares e etc) que existem no CentOS
mas
não existem por padrão na mídia do Red Hat. Muitos tem na Red Hat
Network,
mas outros não.
Não vejo isso como um problema, na verdade, vejo como um melhoramento.
Uso
CentOS no meu desktop e meus servidores, e já experimentei o Red Hat Enterprise Linux uma vez como desktop. (*Sem Red Hat Network, afinal, a licença na época era da empresa que eu trabalhava - não minha). A
impressão
que tive é que o CentOS é mais completo que o RHEL, apesar de ser "comunitário". Por curiosidade Lincoln, essa empresa sua é Brasileira? :p 2009/10/9 Lincoln Zuljewic Silva lincolnzsilva@gmail.com
Concordo parcialmente com você que não é porque é Linux que é igual, porém pelo que andei lendo na internet e testando na prática, o CentOS é o Red Hat. Não tem porque uma Oracle da vida negar suporte somente pelo fato do "logo ser diferente". Os pacotes são os mesmos, o kernel é o mesmo. Você consegue "migrar" um Red Hat para CentOS facilmente atualizando meia-dúzia de pacotes.
Essa é a minha "indignação", entendeu?
[ ]'s Lincoln
2009/10/9 Giovanni P. Tirloni tirloni@gmail.com:
On Oct 9, 2009, at 3:30 PM, Lincoln Zuljewic Silva wrote:
Bom, com certeza este é um post que criará certa discussão, pois o escolha da distribuição é muito influenciada por uma opinião pessoal de cada um. Algumas pessoas têm mais facilidade em utilizar a distribuição X, outras a distribuição Y. Pessoalmente eu utilizo o Debian e profissionalmente o Red Hat, ou melhor, agora o CentOS.
No meio disso tudo, entra o ambiente corporativo, e isso cria um problema: grandes empresas “necessitam” (se sentem mais seguras) de
um
contrato de suporte com seus fornecedores.
Um exemplo claro disso é uma empresa que tem um banco de dados Oracle rodando em Linux. A Oracle só dará suporte se o sistema operacional for homologado, sendo assim, a distribuição Linux utilizada será ou Suse ou Red Hat. Se for diferente disso e a empresa necessitar de suporte, provavelmente a Oracle irá negar.
Eu sou que da opinião de que se o software for uma caixinha preta, você precisa sim de um suporte do fornecedor. Como o caso do Linux
não
é esse, não vejo vantagem de ter um contrato de suporte (a não ser
que
a empresa não tenha profissionais suficientemente qualificados para dar suporte ao ambiente).
A Oracle se negar a dar suporte se você instalar o software deles em um sistema não homologado não tem nada haver com o software ser "caixinha preta" ou não. Trata-se apenas de ela ter recursos finitos para testar (e suportar) seus produtos em um base confiável.
Você pode achar que "tudo é Linux" porém as variáveis de cada distribuição (e de versões dentro da mesma distribuição) são muitas e a quantidade de testes que são feitos para se garantir que não houve uma regressão de funcionalidade ou introdução de um bug não é pequena.
Só que a Red Hat, por exemplo, foi muito esperta. Você pode instalar quantas vezes quiser, só que outra grande necessidade das empresas,
as
atualizações, serão “bloqueadas” (ponho entre aspas, pois sei que são possíveis diversos workarounds, como por exemplo, utilizar os pacotes SRC).
Tendo em vista isso, será que vale a pena pagar US$349 por servidor/ano (dados da Red Hat Store em 09/10/2009 da licença mais “barata”)?
Depende da sua necessidade. Se você 1) não tem necessidade de um SO homologado imposto pelo fabricante do software, 2) tem profissionais devidamente capacitados dentro da empresa e 3) não tem necessidade de urgência na aplicação de patches críticos... não ter o suporte oficial não será grande problema.
Não é preciso que todos esses fatores estejam juntos. As vezes sua empresa simplesmente não tem meios para pagar esse custo adicional e ai entra o CentOS.
Preso neste dilema, comecei a procurar no Google discussões sobre
este
tema e acabei me deparando com o CentOS que é uma distribuição Linux baseada no Red Hat Enterprise e quando digo “baseada”, é ao pé da letra, pois o projeto pega os pacotes SRC (que por obrigação ao cumprimento à GPL, a Red Hat tem que disponibilizar), os recompila utilizando as mesmas ferramentas de compilação, configuração de compiladores e tudo mais. Conclusão, o CentOS é o Red Hat Enterprise sem o logo Red Hat, gratuito, e com atualizações online (estas inclusive, baseadas nas atualizações liberadas pela Red Hat).
Por que então, a Oracle não homologa seus produtos para o CentOS?
Será
algum acordo comercial?
Eu uso o CentOS em vários servidores e acho ótimo. Praticamente é um RHEL mantido pela comunidade, com atualizações online disponíveis (porém não saem tão rapidamente quanto as oficiais). Se algum coisa sair errado eu tenho que me virar, e para mim não há problema nenhum nisso. O sistema é super estável, graças a todo o esforço de QA da Red Hat.
A Red Hat pode fazer algo a respeito, como por exemplo entrar na justiça para que o CentOS seja “banido”? Creio que não. O CentOS está dentro da lei quando faz isso.
O código é GPL em sua grande parte.
Por que as empresas que utilizam Linux não conseguem se desprender dessa necessidade básica de se prender à um suporte do fornecedor?
A "necessidade" é relativa e depende de vários fatores. Sobre o caso específico da Oracle, nada impede que você utilize a mesma lógica e também não contrate/utilize o suporte deles.
Resumindo, nada é 8 ou 80... cada caso precisa ser avaliado de forma específica. Cada empresa tem uma necessidade e diversas opções de resolvê-la (graças ao bom open source) :)
-Giovanni
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